Trânsito, trabalho escravo na UPA e saúde pautam a terceira sessão da Câmara

Sete moções e 49 requerimentos com pedidos de informações são aprovados

 

A terceira sessão ordinária da Câmara de Valinhos, realizada nesta terça-feira, 26, foi pautada por assuntos que trazem à tona problemas antigos da cidade, como o aumento do fluxo de veículos e problemas no atendimento do Cauê - Centro de Atendimento de Urgências e Especialidades. Os vereadores também deram atenção à denúncia do Ministério Público do Trabalho de que a construção da UPA – Unidade de Pronto Atendimento, no Bairro Lenheiro, estava sendo feita em regime de trabalho escravo.
 
O presidente da Câmara, Lorival Messias de Oliveira (PT), direcionou os trabalhos para a leitura dos projetos elaborados por vereadores e que iniciaram tramitação, um total de seis. Entre eles, a instituição da obrigatoriedade de as farmácias disponibilizarem ao público a lista de medicamentos gratuitos fornecidos pelo Ministério da Saúde. O projeto é de autoria do presidente Lorival.
 
O vereador Dr. Moysés Abujadi (PSD) falou que o trânsito na cidade está caótico. Ele lembrou que os ônibus não têm manutenção. Israel Scupenaro (PMDB) ressaltou a importância da obra de prolongamento da Av. Joaquim Alves Correia; Paulo Montero (PMDB) disse que a cidade precisa elaborar um Plano Diretor de Trânsito, descartando medidas paliativas.
 
Para o vereador Popó (PSDB), líder do governo na Câmara, a cidade apresentou crescimento desenfreado nos últimos anos. “O prefeito vai se empenhar para resolver a questão”, frisou Popó.
 
O presidente da Câmara, Lorival, disse que, há dois anos, tem alertado sobre o problema do aumento abusivo de veículos emplacados na cidade. O vereador Dinho (PcdoB) falou sobre a moção apresentada por ele, que aumenta o tempo de validade das passagens de ônibus para duas horas. Na sua avaliação, com isso, a tendência é que as pessoas utilizem menos os carros.
 
Outro assunto polêmico iniciou com a apresentação de requerimento de autoria do vereador Egivan Lobo Correia (PDT). Ele questionou a Prefeitura perguntando se haverá treinamento para os funcionários do Cauê e qual o tempo de ‘descanso ou conforto’ dado aos médicos plantonistas da unidade. De acordo com Lobo, uma munícipe reclamou que a espera foi de uma hora e meia para atendimento.
 
O presidente Lorival disse que o prefeito Clayton Machado (PSDB) tem conhecimento dos problemas no Cauê, que são antigos. “Tem de solucionar”, frisou Lorival. Ele lembrou que a Câmara criou uma comissão para fiscalizar os trabalhos na saúde, que agora deverá ser constituída.
 
O vereador Dr. Orestes Previtale (PMDB) afirmou que falta fiscalização sobre o cumprimento dos horários de atendimento no Cauê. Fábio Damasceno (PMDB) disse que a secretária de saúde é médica e que a expectativa é que ela vá solucionar o problema.
 
Dr. Moysés alertou que o descanso dos médicos plantonistas não pode ser feito ao mesmo tempo entre todos os profissionais. Popó também reforçou que a situação precisa ser resolvida. Dr. Pedro Damiano (PR) afirmou que as regras de atendimento na saúde são universais. “Quem convive na área médica sabe que isso é uma realidade. É preciso fiscalização e cobrança”, afirmou.
 
Sobre a denúncia de trabalho escravo na UPA do Bairro Lenheiro, Lorival apresentou requerimento que será discutido na próxima sessão, dia 5, 18h30. Dr. Orestes Previtale também fez questionamentos sobre o assunto. O requerimento foi aprovado na última terça-feira. Fábio Damasceno disse que ‘quando os vereadores fiscalizavam, a Prefeitura lavava as mãos’.  


Os vereadores apresentaram sete moções e 49 requerimentos com pedidos de informações, além de 44 indicações de obras e serviços. 
 
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