Secretária da Fazenda destaca corte de gastos e diz que estuda medidas para aumentar arrecadação

 

Em discurso na tribuna da Câmara, na sessão desta terça-feira (25), a secretária da Fazenda, Maria Luisa Denadai, destacou o corte de gastos feito pela Prefeitura como meio para enfrentar a crise financeira. Diante da queda da arrecadação municipal, a secretária disse que houve redução nas horas extras dos servidores, revisão de contratos, entrega de imóveis que eram alugados pela Prefeitura, além de outras medidas de economia. O convite para a presença da secretária na sessão foi feito a pedido dos vereadores Rodrigo Fagnani Popó, André Amaral, Franklin (todos PSDB) e Mauro Penido (PPS).

 

Maria Luisa classificou como “grande desafio” o ajuste que está sendo necessário fazer nas contas do município. O objetivo, segundo ela, é chegar até o fim do ano em uma situação melhor do que a encontrada pelo prefeito Orestes Previtale (PMDB) quando assumiu a Prefeitura. A secretária observou que a receita municipal não cresce significativamente desde 2013. “É preocupante porque o custeio não para de crescer (...) A folha de pagamento tem um crescimento vegetativo de 5% mesmo que não se conceda reajuste”, afirmou.

 

Para manter as contas em dia, Maria Luisa disse que levará anos. “A gente vive o dia a dia, administrando o caos”, desabafou.

 

 

Aumento da arrecadação

 

A secretária disse que estão sendo estudadas medidas para aumentar arrecadação municipal. A resposta foi dada ao questionamento do vereador Franklin (PSDB), que queria saber se havia previsão para a atualização da planta genérica do município ou do aumento de impostos. A cobrança da taxa de coleta do lixo branco especial, produzido por clínicas médicas e veterinárias, farmácias, hospitais e outros, foi apontado pela secretária como uma das ações que já estavam previstas em lei, mas que ainda não eram efetivamente cobradas.

 

 

Pagamento do funcionalismo

 

Ao responder questionamentos dos vereadores Mayr (PV) e Mauro Penido (PPS), a secretária disse que há um esforço por parte do Poder Executivo para honrar o pagamento dos servidores em dia até o fim do ano, mas que o pagamento das licenças-prêmio, que já estão atrasadas, só será feito quando houver disponibilidade financeira. “Nós temos que pagar o salário primeiro, depois a verba indenizatória”, explicou.

 

 

Dívidas

 

Maria Luisa também falou sobre as dívidas do município. Sobre o Valiprev, ela disse que há previsão para pagar os valores que foram parcelados, mas que talvez haja atraso no repasse mensal. Já sobre o subsídio dos estudantes universitários, questionado pelo vereador André Amaral (PSDB), a secretária disse que o assunto sempre está em discussão, mas que, por enquanto, não há previsão de pagamento. O atraso no reembolso dos estudantes, que está em atraso, se refere aos últimos meses de 2016.