A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar o caso do suposto “médico fantasma” na UPA de Valinhos se reuniu pela primeira vez na tarde desta quarta, 12.
Os vereadores votaram por solicitar documentos ao Consórcio Intermunicipal de Saúde na Região Metropolitana de Campinas (Cismetro), ao qual o profissional supostamente estava vinculado, à Prefeitura de Valinhos e ao Ministério Público. O material deve permitir verificar as marcações de ponto do profissional, pagamentos e a fiscalização do serviço, além de eventuais denúncias recebidas.
O presidente da comissão, vereador Vagner Alves (Republicanos) lembrou que a investigação garantirá o direito à defesa. “Vamos fazer uma apuração, dando direito de ampla defesa para todas as pessoas, apresentação dos documentos e provas. Isso será apresentado ao Ministério Público”.
O relator da CPI, vereador Rafa Marques (PL), lembrou que a comissão procura esclarecer se houve prejuízo aos cofres públicos. “Acredito que o maior beneficiado de tudo isso vai ser a população”, afirmou Marques. “Nós sabemos que a saúde do nosso município é uma luta muito grande (...). Não queremos uma caça às bruxas, somente que a verdade possa aparecer”.
Suspeita
A CPI investiga a conduta do médico que foi identificado no noticiário como "Funcionário Fantasma". A suspeita é que, entre os anos de 2023 e 2024, o profissional tenha recebido cerca de R$ 60 mil do Cismetro sem prestar serviços na UPA de Valinhos. Em janeiro, o prefeito Franklin (PL) gravou vídeo demitindo o funcionário. A cena ganhou repercussão na imprensa e nas redes sociais.
Além de Vagner Alves e Rafa Marques, também integram a CPI os vereadores Jairo Passos (PL), Rodrigo Fagnani “Popó” (Republicanos), Thiago Samasso (PSD), Roberson “Salame” (PSD), Alexandre Japa (PRD), Alécio Cau (PSB), Gabriel Bueno (MDB), Kiko Beloni (Cidadania), Marcelo Yoshida (PT), Mônica Morandi (PSDB) e Simone Bellini (União).