Surto de febre maculosa continua preocupando vereadores

Os vereadores Lourivaldo Messias de Oliveira, o Lorival (PT), Dr. Moysés Abujadi (PTB) e o presidente da Câmara, Paulo Montero (PMDB), voltaram a pedir informações ao prefeito Marcos José da Silva (PMDB) sobre as ações que a Prefeitura, através da Secretaria da Saúde, está tomando para conter o avanço do surto de febre maculosa na cidade.

Na sessão da terça-feira (23/08), durante discussão do requerimento do vereador Lorival, os vereadores criticaram a postura da Secretaria de Saúde e da Vigilância Sanitária. Para eles, não basta apenas a colocação de placas espalhadas por locais infestados de carrapato estrela é preciso uma posição mais definitiva sobre as capivaras, hospedeira do carrapato.

O presidente Paulo Montero (PMDB) afirmou que irá convidar o Secretário de Saúde para que na próxima terça-feira (30/08) venha até a Câmara prestar esclarecimento sobre a situação. “Estamos há três sessões discutindo esse assunto. Vou encaminhar ofício solicitando a presença dele e que nos mostre o que estar sendo feito. A situação é grave e preocupante”, afirmou Montero.

Para ele, a Prefeitura, através da Secretaria de Saúde, precisa apresentar quais as atitudes estão sendo tomadas para eliminar definitivamente o problema da infestação do carrapato e explicar quais as ações que a Secretaria esta tomando para atender os casos de febre maculosa. “Os moradores estão preocupados com a situação. Precisamos de informações  corretas e objetivas para saber o que está sendo feito e tranqüilizar a população”, disse.

Em seu requerimento, Lorival cita o caso de quatro crianças da Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) prefeito Vicente Marchiori do Bom Retiro que apresentaram suspeita da doença. Lorival quer saber o número correto de pessoas atingidas pela doença da febre maculosa neste ano e, do total, quantos vieram a óbito.

Também questiona se a Prefeitura tem realizado algum tipo de trabalho em conjunto com o IBAMA para solucionar o problema e se existe algum tipo de inseticida capaz de eliminar esse tipo de carrapato. O vereador quer saber quais as medidas efetivas que a Prefeitura está adotando, além da campanha de orientação.

“Quero saber se está nos planos da Secretaria de Educação a interdição da escola do Bom retiro até que o problema seja solucionado, pois vários córregos que cortam nosso município servem de habitat para as capivaras que hospedam o carrapato que transmite a doença e estes córregos estão perto de escolas”, questiona.

Para o vereador Clayton machado (PSDB),  a posição da Secretaria de Saúde quanto à situação não está deixando transparecer o que está sendo realizado e nem tranqüilizando a população. “Há dois meses recebi informações sobre os problemas com carrapato estrela nesta escola e até agora nada foi feito. Fui informado apenas que estão negociando com o IBAMA. Com vidas não se negocia. Vida se preserva”, disse.

Já o vereador Dr. Moysés Abujadi, que também já foi secretário de Saúde, a questão está preocupante. Em seu requerimento ele pede informações ao prefeito a respeito da área do Projeto “Peixe e Cia”, próximo ao Centro de Lazer do Trabalhador (CLT) “Ayrton Senna da Silva”, que já foi considerada área de risco e que até permaneceu fechada. “A imprensa vem noticiando os casos com muita ênfase e sabemos que Valinhos possui várias áreas de risco e que a área do “Peixe & Cia” teve a pesca liberada, inclusive com a permanência de muitos integrantes da Terceira Idade que passam horas ali desfrutando desse tipo de lazer e isso nos preocupa muito”, afirma.

Para ele, não se pode brincar com a situação. “A cidade está cheia de carrapato estrela e não estão dando a atenção que situação pede”, disse. Segundo Dr. Moysés, no “Projeto Peixe & Cia”,  não há placas de alerta sobre o carrapato estrela e nem orientação aos freqüentadores da necessidade de realização de auto-exame. “Quero saber se a área referida está isenta de contaminação de Febre Maculosa”, disse. Em seu requerimento, o vereador pede que, em caso positivo, a Prefeitura lhe encaminhe o parecer técnico que libera a área para uso do público sem qualquer risco à saúde da população.