Vereadores aprovam projeto que cria cursinho solidário para alunos de baixa renda

 

Os vereadores aprovaram por unanimidade, na sessão desta terça-feira (5), projeto de lei assinado pelos vereadores Mônica Morandi (PDT) e Kiko Beloni (PSB), que propõe a criação de um cursinho solidário voltado a alunos de baixa renda de Valinhos. A intenção é criar mecanismos para que estudantes de universidades da região atuem como professores voluntários e auxiliem os jovens a se prepararem para vestibulares e para o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio).

 

De acordo com o projeto, a Prefeitura cederia as salas de aula das unidades de ensino da cidade para a realização do cursinho. As vagas seriam destinadas para estudantes carentes tanto de escolas públicas quanto particulares, desde que com bolsa integral de estudos.

 

Durante a votação do projeto, a vereadora Mônica Morandi destacou que a proposta é uma chance para os jovens da cidade que não têm condições de pagar um cursinho particular e que sonham em entrar em uma universidade. “Aqui em Valinhos já existe o cursinho popular Contexto. A procura é grande e eles não têm estrutura”, afirmou.

 

O vereador Alécio Cau (PDT), que é professor da rede estadual de ensino, disse que sabe da importância do cursinho na vida de um estudante. “Um projeto como esse não visa só fomentar a formação de cursinhos no nosso município, mas também fomentar o desenvolvimento dos nossos estudantes, criar oportunidades (...) Faço votos de que esse projeto venha realmente acontecer no nosso município”, discursou.

 

O vereador Kiko Beloni (PSB) ressaltou que cursinhos solidários são comuns em várias cidades brasileiras e que os resultados têm sido bons. “No Paraná, um projeto que se iniciou em 2002, em 2015 teve 192 aprovados, sendo 123 na Universidade Federal do Paraná, inclusive em cursos muito concorridos, como Engenharia e Medicina (...) Por acreditar que em Valinhos o projeto também renderá bons frutos, sou totalmente favorável”, disse.

 

Para o vereador Rodrigo Fagnani Popó (PSDB), o projeto faz justiça social. “Não há que se falar em bolsas de custeio, FIES, Prouni ou outros incentivos, se você não dá um preparo para que os jovens se desenvolvam”, afirmou.

 

O vereador Mauro Penido (PPS) cobrou pressão no prefeito Orestes Previtale (PMDB) para que o projeto seja sancionado. “Ele pode argumentar algo com relação às despesas. Por isso até sugiro que seja feita uma indicação, na semana que vem, em cima do projeto. Porque caso ele vete, terá uma indicação para ele nos ajudar”, sugeriu.