Vereadores pedem que leis sobre descarte do lixo sejam cumpridas em Valinhos

 

Os vereadores pediram, durante a sessão desta terça-feira (15), que duas leis que tratam do descarte correto do lixo sejam cumpridas em Valinhos: uma de 2007, que dispõe sobre a destinação de lâmpadas fluorescentes, baterias e lixo eletrônico, e outra de 2010, que trata dos lixos orgânico e reciclável. As discussões foram iniciadas pelas moções dos vereadores Giba (PMDB) e Alécio Cau (PDT), que pediram empenho do prefeito Orestes Previtale (PMDB) para o cumprimento dessas leis, que são antigas, mas que até hoje não são divulgadas e, consequentemente, aplicadas como deveriam.

 

Sobre a lei do descarte do lixo eletrônico, que obriga os estabelecimentos que vendem esses produtos a aceitar o lixo levado pelos consumidores, o vereador Giba afirmou que, recentemente, precisou descartar lâmpadas e, quando foi procurar estabelecimentos, demorou para encontrar um que recebesse o lixo. “A Prefeitura precisa fiscalizar e fazer que a lei seja cumprida”, afirmou.

 

O vereador André Amaral (PSDB) disse que ainda há um desconhecimento da população e tem gente que nem sabe que a lei existe. “Recebi relatos de moradores que tem ligado para a Prefeitura e a resposta que eles têm é que não existe lei vigorando sobre o assunto. Essa moção, portanto, é para que a lei seja cumprida”, destacou.

 

A falta de informações por parte da população faz com que, muitas vezes, o lixo acabe sendo jogado em áreas públicas, conforme ressaltou o vereador Roberson Costalonga “Salame” (PMDB). “Isso contamina o solo, pode provocar acidentes com crianças, com todos que passam pelo local, além de trazer doenças.”, disse.

 

O vereador Mayr (PV) defendeu uma campanha publicitária para esclarecer a população. “Aqueles que venderam o produto é que têm que receber daqueles que compraram (...) A Prefeitura, com esse alerta, vai trabalhar nesse sentido”, discursou.

 

Os riscos para a saúde e para o meio ambiente, decorrentes do descarte incorreto de lixo eletrônico, foram apontados pela vereadora Dalva Berto (PMDB) como preocupantes. “O Brasil é o terceiro maior produtor de lixo eletrônico do mundo (...) São descartadas 1,4 milhão de toneladas de lixo eletrônico por ano. O pior é que 98% desse total vão para aterros sanitários porque são jogados no lixo comum (...) Muitas vezes as pessoas também acumulam o lixo em casa, o que é prejudicial para a saúde da família”, completou.

 

 

Lixo reciclável


Sobre a coleta dos lixos orgânico e reciclável, o vereador Alécio Cau cobrou que o projeto “Lixo Consciente: uma ideia reciclável” seja, de fato, colocado em prática, como determina a lei. “É uma lei que trata de um assunto sensível que está diretamente relacionado à qualidade vida no nosso município (...) Essa lei tem finalidade educativa e visa colaborar com o fim da deposição incorreta dos lixos orgânico e reciclável, esclarecendo a população sobre a forma correta de armazenar os resíduos orgânico e reciclável”, explicou.