Vereadores pedem fim do preconceito e aprovam semana de conscientização sobre a Síndrome de Down

 

No Dia Internacional da Síndrome de Down, comemorado nesta terça-feira (21), os vereadores defenderam o fim do preconceito e aprovaram projeto de lei que insere no Calendário Oficial de Eventos do Município uma semana para conscientizar e discutir com a população questões relacionadas à síndrome. O texto, de autoria da vereadora Dalva Berto (PMDB), prevê a realização de atividades educativas e de inserção social sempre entre os dias 21 e 27 de março.

 

De acordo com o projeto, a Semana Municipal de Conscientização sobre a Síndrome de Down deverá envolver diversas secretarias municipais e instituições esportivas, educacionais, culturais e sociais. Se a lei for sancionada pelo prefeito Orestes Previtale (PMDB), uma comissão com representantes do Executivo, Legislativo e sociedade civil deverá ser formada todos os anos para organização das atividades. 

 

“O projeto visa fortalecer as ações realizadas em todo o Brasil, que é o país campeão no número de eventos realizados no mundo, no Dia Internacional da Síndrome de Down”, afirma a vereadora Dalva na mensagem do projeto. Em discurso na tribuna, ela informou que por ano nascem 8 mil crianças com a síndrome no Brasil e que um dos maiores desafios dessas pessoas é a inclusão. “Todos nós sabemos que a inclusão tem de estar em todos os setores (...) Nós temos que estar atentos às necessidades da sociedade”, disse.

 

O vereador Rodrigo Fagnani Popó (PSDB) ressaltou que a aprovação do projeto é um avanço para o combate ao preconceito. “A palavra inclusão não está só na questão do falar, mas no agir, no praticar, em reconhecer os direitos dessas pessoas”, discursou.

 

Para o vereador Franklin (PSDB), a semana de conscientização será importante para o município. Ele defendeu a ação do Poder Público junto às entidades. “Que o Poder Público, independentemente de qual gestão que seja, fortaleça sempre as entidades, afinal, nós temos duas entidades aqui em Valinhos que são referência no trato e nos cuidados com essas pessoas”, afirmou.

 

Segundo o vereador André Amaral (PSDB), a discussão sobre a Síndrome de Down é uma oportunidade para refletir sobre o respeito à vida. “Em alguns países da Europa não nascem mais crianças [com a síndrome] porque tem a indústria do aborto”, disse. Ele defendeu ainda o que chamou de “ativismo judicial” junto ao STF para evitar que o aborto seja liberado no Brasil. “Toda vida humana é digna de respeito”, concluiu.

 

Com a aprovação do projeto, o texto segue agora para sanção ou veto do prefeito Orestes Previtale.