Vereadores discutem desaparecimento de lagoas e decidem formar comissão para debater assoreamento e enchentes

 

 

Os vereadores discutiram, na sessão desta terça-feira (14), o desaparecimento de lagoas em diferentes bairros do município, causado pelo processo de assoreamento. No bairro Vale Verde, segundo o vereador Edson Secafim (PP), uma das lagoas, que antes tinha cerca de quatro metros de profundidade, hoje tem apenas 20 centímetros em alguns trechos. Para evitar ou ao menos minimizar problemas ambientais e sociais decorrentes de assoreamentos e enchentes, o presidente da Câmara, Israel Scupenaro (PMDB), acatou sugestão dos parlamentares e formará uma comissão temporária de trabalho para discutir os temas.

 

Em discurso na tribuna, o vereador Edson Secafim mostrou a situação de lagoas do bairro Vale Verde e informou que duas delas estão totalmente assoreadas. Ele atribuiu à concessionária Autoban a responsabilidade por prejuízos causados nas lagoas do bairro após a instalação da praça de pedágio na Rodovia Anhanguera e cobrou providências. “Se continuar desse jeito, vamos perder as quatro lagoas”, alertou.

 

O vereador César Rocha (Rede) também discursou e explicou que a situação da lagoa ao lado da Rua Minoro Toyoda ficou ainda mais grave após o rompimento de um vertedouro que existia no local. Com isso, ele disse que animais que viviam nas águas sumiram e o processo de assoreamento se intensificou. “Além da questão ambiental, esse local hoje está totalmente tomado por matagal (...) O problema poderia ser resolvido se a Prefeitura fizesse uma intervenção e construísse novamente o vertedouro”, sugeriu.

 

 

Outros bairros

 

O assoreamento das lagoas não é exclusividade do bairro Vale Verde, de acordo com o vereador Israel Scupenaro. Ele informou que a situação se repete em outras regiões, como no CLT (Centro de Lazer do Trabalhador), Parque Valinhos, Capuava e Alpinas, onde as lagoas estariam se transformando em pequenos córregos. Em discurso, ele cobrou agilidade dos órgãos ambientais para que sejam liberadas obras de desassoreamento. “Hoje, em nome da preservação, se destrói. Fica tudo parado e não se pode fazer nada”, disse o vereador, se referindo à burocracia gerada por órgãos como a Cetesb.

 

O vereador Mayr (PV) lembrou que somente o processo de aprovação da retirada do lodo da lagoa do CLT levou um ano e até hoje não foi feito o desassoreamento. Para o vereador Henrique Conti (PV), os órgãos do governo são ineficazes. “Já tive que fazer moção de repúdio ao Governo do Estado porque a Cetesb não respondia ofícios”, criticou.

 

O vereador Rodrigo Fagnani Popó (PSDB) afirmou que vai conversar com a deputada estadual Célia Leão (PSDB) para marcar audiência junto a representantes de órgãos estaduais e verificar que parcerias podem ser feitas com o município.