Alunos do Leme do Prado lotam o plenário contra possível fechamento da escola pelo estado

 

Dezenas de alunos da escola estadual José Leme do Prado, da Vila Santana, lotaram o plenário da Câmara, na sessão desta terça-feira (6/10), para se posicionar contra o possível fechamento da escola pelo Governo Estadual. De acordo com o professor Eduardo Martins Rosa, membro da APEOESP (sindicato dos professores do estado), a reorganização da rede proposta pelo secretário estadual da Educação deve mexer com mais de 1 milhão de estudantes paulistas. Ele disse que em Campinas pelo menos 200 salas de aula foram fechadas.

 

O professor do Leme do Prado, Paulo Alberto de Andrade, usou a tribuna da Câmara e afirmou que é possível que duas escolas de Valinhos sejam fechadas: a própria Leme do Prado e a Américo Belluomini, localizada na Vila Progresso. A preocupação do professor é que o encerramento das atividades desestimule os alunos a continuar os estudos. “Muitos moram em bairros distantes. Serão aproximadamente mil alunos transferidos para outras unidades (...) O aluno não faz parte de nenhum rebanho para ficar passando de escola a escola. O governador está desistindo da educação, do estado e de Valinhos”, disse.

 

Em discurso, o presidente da Câmara, vereador Rodrigo Toloi (PDT), demonstrou apoio aos estudantes. “São jovens que estão brigando pela educação, por uma escola que está fechando (...) Tenham certeza de que os vereadores dessa Casa vão brigar para poder ajudar”, garantiu.

 

O vereador Tunico (PMDB) também se posicionou e defendeu o engajamento de todos. “Quando um governo fecha escola, a tendência é abrir presídio. Isso é um retrocesso”.

 

A mesma opinião teve os vereadores Israel Scupenaro (PMDB) e Giba (PDT). “Essa proposta vem na contramão de tudo aquilo que se busca na qualidade de ensino”, discursou Giba.

 

O vereador Henrique Conti (PV) disse que o prefeito Clayton Machado (PSDB) também está empenhado em ajudar. “´Não é uma questão municipal, mas sim estadual. O mais importante é o contato com os deputados. Precisamos conversar com as pessoas que têm o poder. Por isso precisamos fazer pressão na Assembleia Legislativa”, sugeriu.

 

Uma moção de apelo ao Governo Estadual com cópia aos deputados será encaminhada pela Câmara em nome de todos os vereadores para que as escolas de Valinhos não sejam fechadas.