Com plenário lotado, Câmara aprova Plano Municipal de Educação

 

A Câmara aprovou, na noite desta segunda-feira, 22, o Plano Municipal de Educação. O documento, elaborado pelo Poder Executivo, foi aprovado por unanimidade e agora segue para sanção do prefeito Clayton Machado (PSDB). O prazo final para entrega do plano ao Ministério da Educação termina na quarta-feira, 24. Os municípios que não cumprirem o prazo podem ficar sem receber verbas do Governo Federal para a Educação.

 

O Plano Municipal traça os objetivos e metas para a Educação nos próximos 10 anos. Dentre os objetivos gerais estão a erradicação do analfabetismo no município, a melhoria na qualidade da educação, a universalização do atendimento escolar e a valorização dos profissionais que atuam na rede municipal.

 

Quinze vereadores ocuparam a tribuna para discutir o projeto. O assunto que mais chamou a atenção dos parlamentares foi o que chamam de “ideologia de gênero”. Embora a expressão não constasse no documento, todos os discursos foram contra a abordagem do tema nas escolas.

 

O vereador Israel Scupenaro (PMDB) disse que qualquer assunto relacionado à sexualidade deve ser abordado pelos pais. “É assunto de família (...) Cada um faz o que quiser da vida, mas temos que defender a base familiar”, concluiu.

 

Para o vereador Tunico (PMDB), todos os cristãos devem se posicionar contra a “ideologia de gênero”. “Sou cristão, à favor da família (...) Essa ideologia quer acabar com o pai, com a mãe, que são a única base da sociedade”, disse.

 

O vereador Rodrigo Fagnani Popó (PSDB) defendeu que são os fatores pedagógicos que devem ser discutidos na escola. “Essas ideologias devem ser trabalhadas em casa. Nós lutamos para que a família tenha diálogo, que coíba a agressão, a discriminação”, afirmou.

 

Além da discussão em torno da “ideologia de gênero”, os vereadores também abordaram o trecho que fala sobre o funcionamento das escolas de educação infantil. No documento, é estabelecido como meta para os próximos anos que as creches funcionem até 12 horas. O termo “até” foi questionado e alguns vereadores cobraram que o funcionamento por esse período fosse garantido.

 

O vereador Giba (PDT) também usou a tribuna e criticou a divulgação da audiência pública que foi realizada na Prefeitura, em maio, para discutir o projeto. Segundo ele, muita gente não sabia e poucos compareceram. Paulo Montero (SD) não concordou. “A audiência aconteceu e só não foi quem não quis (...) Eu me decepcionei com a quantidade de pessoas que estavam lá (...) O tempo para discussão do projeto foi suficiente”, discursou.