Projeto sobre concessão de auxílio saúde aos servidores é retirado de tramitação na Câmara

Pedido foi feito pelo líder do Governo, Rodrigo Popó (PSDB), já que não houve consenso entre vereadores

 

A maioria dos vereadores se manifestou contrária ao projeto elaborado pela Prefeitura com a proposta de instituir o auxílio saúde aos servidores públicos de Valinhos. Diante do impasse, o líder do Governo na Câmara, vereador Rodrigo Popó (PSDB), propôs a retirada da proposta de tramitação e os vereadores concordaram. A Prefeitura protocolou o projeto na Câmara no último dia 19 e a votação ocorreria nesta terça-feira, 26.

 

O auxílio saúde foi a saída encontrada pelo prefeito Clayton Machado (PSDB) para resolver o problema envolvendo a concessão de plano de saúde dos funcionários da Prefeitura. Pregão realizado no mês passado teve como vencedoras, em primeiro e segundo lugares, empresas que deixaram os servidores descontentes. Até então, era a Unimed que prestava os serviços. A Prefeitura firmou contrato emergencial com a Unimed por mais dois meses. Se o projeto fosse aprovado, o servidor poderia escolher o plano de sua preferência entre as operadoras credenciadas junto à Administração.

 

O vereador dr. Orestes Previtale (Solidariedade) afirmou que não concordava com a forma como foi colocado o projeto. “Na mensagem, a Prefeitura alega que o auxílio saúde já é praticado em outros lugares (...) A faixa salarial no Tribunal de Justiça é muito superior à de Valinhos. A comparação é, no mínimo, equivocada”, disse.

 

O vereador Léo Godói (PT) considerou a situação complicada. “O funcionário ainda tem muitas dúvidas. Nem nós vereadores conseguimos chegar a um consenso para apresentar emendas”, observou.

 

Para o vereador Tunico (PMDB), a votação do projeto acontecia em cima da hora. “A Prefeitura deveria prever o fim do contrato com a Unimed (...) Não estou seguro com o projeto. Todos os benefícios deveriam ser mantidos ou, se possível, melhorados”.

 

O vereador César Rocha (PV) afirmou que não poderia decidir a vida de mais de 5 mil pessoas. “Não estou seguro para votar (...) Quero andar nas ruas da minha cidade de cabeça erguida”. A opinião do vereador foi compartilhada pelo líder da bancada do PV, vereador Henrique Conti.

 

O líder do governo, vereador Rodrigo Popó (PSDB), discursou dizendo que os funcionários são o maior patrimônio do município. Diante das dúvidas dos vereadores, ele achou melhor solicitar a retirada do projeto. “Acho que estamos aqui justamente para aprovar e rejeitar projetos (...) Não está havendo segurança para votação”, finalizou.

 

Também discursaram sobre o assunto os vereadores dr. Pedro Damiano (PR), Veiga (DEM), Paulo Montero (Solidariedade) e dr. Moysés Abujadi (PSD).

 

Grande parte dos servidores que acompanharam a discussão do auxílio saúde deixou a Câmara logo após a decisão do plenário. O projeto agora volta para a Prefeitura e a situação dos servidores permanece inalterada. Segundo o Poder Executivo, o contrato emergencial feito com a Unimed Campinas, que ainda garante assistência à saúde, vence em outubro.