Vereadores aprovam projeto que obriga agências bancárias a terem cadeira de rodas

Preocupação do plenário é que a lei, caso sancionada, não seja cumprida pelos bancos

 

Os vereadores aprovaram, na sessão desta terça-feira, 10, projeto de lei que obriga as agências bancárias de Valinhos a oferecerem cadeiras de rodas para os clientes idosos, com deficiência ou com mobilidade reduzida. A proposta é de autoria do vereador Lobo (PDT). Ele justificou o projeto dizendo que a disponibilidade de, pelo menos, uma cadeira de rodas vai permitir um atendimento de maior qualidade aos clientes.

 

Caso o projeto seja sancionado pelo prefeito Clayton Machado (PSDB), as punições pelo descumprimento da lei seriam estabelecidas por meio de decreto. No entanto, vereadores temem que a legislação não seja cumprida pelas agências bancárias, já que muitas propostas relacionadas aos bancos acabam perdendo a eficácia.

 

“O atendimento nas agências precisa melhorar muito. Já aprovamos leis sobre tempo de espera nas filas, divisórias entre os caixas (...). O que acontece é que a FEBRABAN (entidade que representa os bancos) entra com ações de inconstitucionalidade e não cumpre as determinações”, explicou o vereador Henrique Conti (PV).

 

O vereador Edson Batista (PSDB) lembrou legislação de sua autoria que obriga a fixação de cartazes nas agências informando sobre a proibição da venda casada - mecanismo utilizado pelos bancos para vender mais produtos e serviços aos clientes. “A lei já está em vigor e até hoje não vi um cartaz em nenhuma agência”, disse.

 

O vereador Dinho (PCdoB) criticou o atendimento oferecido pelos bancos. “Os bancos sabem que a população depende deles e ficam com um certo poder nas mãos”, afirmou. Sobre o projeto que obriga cadeiras de rodas nas agências, ele disse que “é um projeto que vai beneficiar muitas pessoas”.

 

A mesma opinião teve o vereador Rodrigo Popó (PSDB). “É um desrespeito quase que diário com as pessoas com deficiência. São banheiros não adaptados, caixas eletrônicos altos (...) Temos de ficar atentos para que a lei não caia em desuso e seja cumprida”, completou.