CPFL defende Plano Diretor para melhorar serviço de energia no município

Gerentes da concessionária estiveram na Câmara e responderam questionamentos de vereadores

 

Gerentes da CPFL Paulista, empresa concessionária de energia elétrica em Valinhos, compareceram à sessão desta terça-feira, 13, para falar da atual situação do sistema elétrico do município. O convite para que os profissionais usassem a tribuna foi feito pelo presidente da Câmara, vereador Lorival Messias de Oliveira (PROS). A empresa defendeu, em discurso, a necessidade de um Plano Diretor para melhorar o serviço de energia no município.

 

A apresentação do trabalho da empresa ficou a cargo do gerente de Serviços e Distribuição, André Bertanha, e do gerente de Negócios, José Nanini Neto. Daniel Rennó, gerente de Ativos, e Marcelo Pulini, engenheiro Líder de Valinhos e Região acompanharam o momento de explicações.

 

José Nanini afirmou que é preciso um trabalho conjunto entre o Poder Público e a empresa para resolver problemas, como a instalação de iluminação pública e as podas e retiradas de árvores. Segundo ele, o Plano Diretor deve prever ações para garantir a qualidade do serviço na cidade. A mesma opinião teve o vereador Paulo Montero (Solidariedade).

 

O vereador Lorival destacou dois pontos que têm gerado discussões nos últimos meses: a poda de árvores e o repasse de custos da iluminação pública para as prefeituras. Sobre as árvores, ele disse que houve planejamento da empresa junto à Prefeitura de Botucatu (SP) para a substituição de árvores de grande porte que prejudicavam a rede elétrica. O vereador perguntou se isso também pode ser feito em Valinhos. Nanini voltou a defender o Plano Diretor e disse que essas diretrizes devem constar no documento.

 

O vereador e líder do Governo na Câmara, vereador Rodrigo Popó (PSDB), perguntou se a empresa possui engenheiro da área ambiental para acompanhar as equipes responsáveis pelas podas de árvores. “Temos engenheiro agrônomo e uma equipe faz o planejamento das ações. A responsabilidade pela arborização é do Poder Público, atuamos apenas de forma emergencial”, ressaltou o gerente de serviços da empresa, André Bertanha.

 

Com relação à iluminação pública e a responsabilidade por sua manutenção - que a partir do ano que vem passa a ser das prefeituras – o vereador Lorival se mostrou preocupado. “Ainda faltam investimentos na rede. Se até o final do ano não forem feitas melhorias, a Prefeitura ficará com o ônus de receber a rede em situação precária”, disse.

 

Ainda sobre iluminação pública, o vereador Léo Godói (PT) entregou cópia da moção que apresentou no ano passado, pedindo aumento no efetivo de funcionários da empresa para atender a população e também fazer reparos na iluminação das ruas, principalmente durante a noite. José Nanini disse que recentemente a empresa aumentou o número de funcionários no período noturno.

 

A presença de postes de madeira em alguns bairros foi levantada pelo vereador Kiko Beloni (PSDB). Ele questionou se esses postes serão trocados. O gerente André Bertanha afirmou que há mais de 10 anos não são instalados postes de madeira e que todos os anos a empresa faz a inspeção desses postes e, gradualmente, os substitui.

 

Sobre os postes que ficam no meio da rua, como atualmente ocorre na Rua Campos Salles, José Nanini explicou que, muitas vezes, avenidas são abertas e empreendimentos são entregues sem comunicação com a CPFL. “A Prefeitura ou a empresa que cuida do loteamento tem que nos avisar com antecedência”, afirmou.

 

O vereador Dinho (PCdoB) informou que no bairro Jardim São Bento há um poste no meio da rua há mais de 10 anos e que vários pedidos para a sua remoção já foram feitos. “Existe um processo para atendermos a solicitação. Primeiro é feita uma análise técnica e, então, é discutido como será compartilhado o custo da remoção. Temos que respeitar esse processo”, explicou Nanini.

 

Também fizeram questionamentos aos gerentes da CPFL, os vereadores Henrique Conti (PV), Israel Scupenaro (PMDB), Tunico (PMDB) e dr. Moysés Abujadi (PSD).